segunda-feira, 30 de junho de 2008

Tecnologia da Informação Verde

Data Centers são os antigos CPDs (Centros de Processamento de Dados), que abrigam servidores, dispositivos de armazenamento de dados e equipamentos de redes.

Consolidar e simplificar esta estrutura é imprescindível, pois a refrigeração é a tarefa mais onerosa em um data center. Com o meio-ambiente no topo das discussões, as empresas vêm se reestruturando para economizar energia e reduzir os custos com a compra de novos hardwares e serviços.

No site da Microsoft Technet pude me informar sobre as principais características que tornam um Data Center VERDE, a seguir listo nove delas:
http://technet.microsoft.com/pt-br/magazine/cc137780(TechNet.10).aspx

* Os medidores são usados para dividir o uso de energia no nível dos componentes (como, por exemplo, um servidor 2U, um servidor 4U, um comutador, uma SAN e um no-break) e quais são as unidades de negócio responsáveis pela energia usada por esses componentes.
* O uso da energia é monitorado continuamente para determinar os picos e as baixas nas demandas de energia.
* As capacidades de energia são monitoradas no nível total de um data center até os circuitos para garantir que todos estejam dentro dos limites aceitáveis.
* O plano de economia de energia é documentado e recompensado.
* O plano de economia de energia é revisado regularmente, e a ação corretiva é tomada para corrigir falhas.
* A determinação de como os custos são cobrados das unidades de negócios é usada para formar um comportamento, o que incentiva a economia de energia em todas as unidades de negócios.
Esse ponto deve ser administrado em nível executivo.
* A limitação de CPU está habilitada nos servidores, e o laboratório de desempenho avalia a energia consumida em várias cargas.
* A criação de perfis térmicos é usada para identificar pontos de aquecimento e de sobrecongelamento.
* A engenharia de desempenho de TI inclui medidas de eficiência energética.

O caderno Infoetc (jornal O Globo) do dia 02 de junho trouxe na capa a reportagem intitulada Data Centers Verdes. Eles divulgaram que de acordo com o site http://datacenterknowledge.com/, que acompanha o crescimento na construção de data center, energia barata tem sido um grande atrativo na hora de escolher a localização de novos centros.

Para tanto, muitas empresas têm avaliado opções inéditas para a localização dos mesmos, incluindo a Microsoft, que está procurando um local na gélida Sibéria. A Islândia também é uma região ideal, não só pelo clima glacial, mas também pela abundância de energia barata oriunda de suas fontes geotérmicas (refrigeração fornecida pelos gelados ventos quase constantes na Península de Reykjanes).

Hospedagem Verde

A empresa Dream Host de hospedagem, para contribuir com o meio-ambiente, está comprando créditos de carbono (falei sobre esse assunto aqui no blog, na postagem do dia 30 de março). Veja mais no site: http://www.dreamhost.com/aboutus-green.html.
Junho / 2008

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Dignidade, discrição e grandeza pessoal

Uma homenagem à Dona Ruth.

RUTH CARDOSO (1930-2008)
Sem exageros
Por A.D. em 25/6/2008

A morte da antropóloga Ruth Cardoso, ocorrida na terça-feira (24/6) à noite, em São Paulo, foi noticiada com destaque pelos jornais de quarta. As edições, discretas e respeitosas, trazem depoimentos de amigos e se referem ao período em que ela foi a primeira-dama do Brasil. Não há muito sobre as causas do óbito, de certa maneira surpreendente após as primeiras notícias mais alarmadas sobre seu estado de saúde. Mas há pouco sobre sua trajetória acadêmica.

Ruth Cardoso foi uma intelectual respeitada no Brasil e no exterior. Também construiu uma obra importante como cidadã, arregimentando empresários e intelectuais para a responsabilidade social. Sempre foi muito discreta. Há cerca de oito anos, numa conferência promovida na Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, foi surpreendida por este observador e pelo físico Fritjoff Capra na fila do refeitório. Quando lhe foi dito que a primeira-dama não precisava ficar na fila, ela fingiu que não ouviu e continuou ali, quase anônima, no meio dos estudantes. (Luciano Martins Costa)

Na terça-feira (24/6), às 17h, hora de Nova York, uma brasileira que desenvolve um intenso trabalho com comunidades carentes no Brasil recebeu um e-mail de D. Ruth Cardoso acalmando-a a respeito das notícias da imprensa brasileira sobre a sua saúde.

Não se preocupe, já está tudo bem – escreveu D. Ruth à amiga preocupada – eles exageraram.

Poucos sabem: D. Ruth era uma atenta e bem humorada observadora da imprensa.

Três horas depois sofria um enfarte fatal. A imprensa acompanhou discretamente a internação na sexta (20) passada e não poderia ser diferente: a professora Ruth Cardoso personificou como ninguém as palavras dignidade, discrição e grandeza pessoal.

Desta vez, infelizmente, a imprensa não exagerou.
(Alberto Dines)

terça-feira, 17 de junho de 2008

Valorização da independência da Mulher

Humanização dos postos de trabalho: diversidade, exercício da cidadania e inclusão social

É preciso ampliar o debate sobre as ações das políticas públicas focadas na diversidade, no exercício do direito à cidadania e na inclusão social de grupos historicamente excluídos do mercado produtivo, tais como mulheres, negros, homossexuais e pessoas com deficiências.

O mercado de trabalho sempre foi seletivo com as minorias. Os números não deixam dúvidas: os negros ganham hoje, em média, R$ 558,24 menos do que o rendimento médio dos brancos, R$ 1.087, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Já a mulher latino-americana recebe salário entre 20% e 30% menor do que o homem para desempenhar as mesmas atividades, além de ter, na maioria das vezes, uma dupla jornada de trabalho com as tarefas realizadas também em casa (UNFPA - Fundo da População das Nações Unidas, 2007).

O livro “Pedagogia Institucional: Fatores Humanos nas Organizações”, organizado por Nunes Sobrinho, Francisco de Paula e Nassaralla, Iara (2004), apresenta doze textos sobre o tema, baseados em pesquisas atuais que apontam a crescente insatisfação de homens e mulheres no mundo do trabalho.

A política de baixos salários, o assédio moral e sexual, o clima organizacional, enfim, diversos fatores contribuem para esta contrariedade ocupacional. Esta análise contribui significativamente para que os gestores e analistas de políticas tomem decisões efetivas na formulação de propostas que humanizem o ambiente de trabalho.

A resenha feita por Cristina Borges, Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana da UERJ destaca que o décimo capítulo traz reflexão sobre o assédio moral no trabalho, suas conseqüências e população de risco.

Segundo ela, o mundo do trabalho é um rico espaço de pesquisa, pois a violência e o assédio moral se dão e se intensificam no contexto das novas políticas de gestão associadas à precarização do trabalho, a expropriação e flexibilização do trabalhador.

Estes três aspectos relevantes devem ser analisados quando se pretende compreender, dar visibilidade social aos atos de violência perpetrados e combatê-los.

A colega jornalista verde Cátia Falcão destaca a questão do assédio moral, que embora pareça simples, cada dia aumenta mais a incidência de casos em locais de trabalho. Para ela essa atitude “machista” tem que acabar.

“Eu fico impressionada como algumas mulheres já adotaram essa postura que antes era só dos homens nos locais onde trabalham. Temos que buscar uma forma de incentivar as pessoas a processarem os que assediam moralmente com atitudes grosseiras e até mesmo violentas”.

Destaca-se, aí, a importância dos movimentos sociais comprometidos com a defesa da vida e saúde do funcionário, pois eles sustentam e acionam a legislação e normas a fim de afiançar nas organizações, pleitear e garantir um ambiente de trabalho saudável e seguro, onde as relações éticas sejam os principais pilares.

Em ano eleitoral o tema se faz ainda mais necessário.

Junho / 2008

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Curiosidade: planta solar



Os pesquisadores do Japan National Institute of Advanced Industrial Science and Technology (AIST), Mitsubishi Corp e Tokki Corp desenvolveram uma espécie de "planta solar".

A intenção é desenvolver um sistema de células solares e expandir a idéia para outros campos, utilizando a técnica em paredes, janelas, roupas, brinquedos, enfim, fazer com que a descoberta faça parte do ambiente diário das pessoas.

http://techon.nikkeibp.co.jp/english/NEWS_EN/20080527/152443/

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Dia Internacional do Meio Ambiente

Consciência Ambiental e Moda
Fashion Rio: Repensar, Reciclar, Renovar

É com esse tema que o evento de moda Fashion Rio apresenta, a partir do dia 07 de junho na Marina da Glória, as tendências da moda primavera/verão 2009.

Além da utilização de madeira ecologicamente responsável, feita de fibra de coco, borra de café e notas de dinheiro descartadas pela Casa da Moeda e resíduos da indústria têxtil, o evento será decorado com luminárias feitas de carretéis de linha de máquinas industriais.

Visite o site oficial: http://www.fashionrio.org.br/

Trocas Verdes

Também na onda da moda verde, acontece outro evento de moda no próprio dia 07, na Fundição Progresso. É a VIII Edição das Trocas Verdes, onde se pode trocar desde roupas, acessórios (cintos, sapatos, bijuterias, bolsas, cangas, presentes que não chegamos a usar), brinquedos, eletrodomésticos, objetos de cozinha, kits de embelezamento, livros, cds, dvds, "brinquedos tecnológicos" até remédios (dentro da data de validade, claro!).

Conheça melhor o evento:

Junho / 2008

domingo, 1 de junho de 2008

O Grande Rio

A cidade do Rio de Janeiro está rodeada por cidades importantes, ligadas entre si não somente fisicamente, mas também pelo fluxo de pessoas e serviços, o que não pode ser ignorado na hora da formatação de políticas públicas.
O pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, Fernando Gabeira, defende como uma de suas propostas de governo tratar o Rio como Metrópole. Não só pelo fato de a cidade ser base profissional e comercial de muitos moradores de cidades adjacentes, mas também porque este fator gera a necessidade da elaboração de políticas públicas eficazes para esta população “flutuante”.
Não se trata de os municípios perderem suas identidades. Cada um continua como entidade político-administrativa independente, porém conurbados com a cidade principal.
A conurbação é caracterizada pela seqüência de cidades e seus arredores sem que elas se confundam, mas não é particularidade imprescindível para a formação da Metrópole. O fluxo de pessoas, principalmente o de trabalhadores e a utilização dos serviços públicos (no caso do Rio de Janeiro podemos destacar o serviço hospitalar, por exemplo, muito demandado pelos municípios vizinhos) também define o que forma uma Metrópole.
Os hospitais públicos municipais devem estar formatados para atender os moradores de outras cidades. As prefeituras dos municípios que formam a Metrópole devem investir na compra de ônibus e ambulâncias para o transporte dos usuários do sistema público de saúde, entre outras medidas importantes.
O mesmo acontece com os outros serviços públicos. Os assentamentos periféricos, por exemplo, têm aumentado consideravelmente a sua área de ocupação nas metrópoles latino-americanas. Segundo o IBGE (Censo 2000), a cidade do Rio de Janeiro possui 513 favelas cadastradas, perdendo apenas para São Paulo, com 612.
Isso faz da ocupação social um dos grandes problemas das metrópoles brasileiras, pois geram tantos outros, com destaque para a falta de desenvolvimento sustentável, caracterizada pelo crescimento econômico com esgotamento dos recursos naturais, dificultando a conservação ambiental.
Para que as ações sejam bem planejadas e tenham sucesso, os indicadores sociais são insumos básicos e indispensáveis em todas as fases do processo de formulação e implementação de uma política pública.
Todas as fases do processo de formatação de uma política social requerem o emprego de indicadores específicos, cada qual trazendo elementos e subsídios ideais para o bom encaminhamento do processo; seja ele um programa de qualificação de mão-de-obra, um projeto de infra-estrutura urbana ou uma ação para reduzir as taxas de repetência escolar em determinada região.

Junho / 2008