terça-feira, 31 de março de 2009

Entrevista sobre a relevância dos indicadores educacionais

Entrevista com Professora Lina Kátia, especializada em Educação para a Matemática e mestre em Educação pela Universidade Federal de Juiz de Fora que atualmente é Coordenadora da Unidade de Avaliação da Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino e Extensão.

 

Carol:

Em uma apresentação disponível na rede você afirma que a avaliação é importante para produzir o diagnóstico, identificar os fatores explicativos do desempenho escolar, orientar as políticas públicas voltadas para a equidade e qualidade da educação e dar publicidade para prestação de contas à sociedade. Qual a sua posição quanto à responsabilização?

Que tipo de responsabilização seria eficaz – quais os critérios para a aplicação de incentivos ou sanções?

 

Professora Lina Kátia:

Em primeiro lugar vamos fechar um pouquinho o que significa responsabilização nesse nível. A gente tem uma informação, até por meio de uma avaliação de desempenho, seja ela a Prova Brasil, o SAEB, ou das redes púbicas estaduais. Este desempenho está atrelado à uma responsabilização sim. Somos todos nós co responsáveis com a qualidade da educação ofertada e com a promoção da equidade, que é a igualdade de oportunidades educacionais.  A forma que vai ser feita a responsabilização pode diferenciar de várias maneiras. Quando os resultados das avaliações externas chegam até a escola, é uma forma de responsabilização. Estou dizendo “olha, é este o retrato, o diagnóstico de sua escola.”. “É  este o retrato do diagnóstico de seu estado, do seu país.”.  


Temos também outro tipo de responsabilização, que se diz respeito a questão de incentivos. De incentivo financeiro tanto pra professor, quanto pra gestores escolares, ou estendido a todos que envolvem a escola. Eu acho uma política importante e sou a favor disso, desde que todas as pessoas envolvidas com a educação cumpram com seu compromisso.  Uma política adequada de investimento na educação pelos governantes, uma política adequada na gestão escolar. Quando eu me refiro à esta responsabilização da escola, estou dizendo que sou a favor por quê? As pesquisas estão mostrando que 35% dos fatores que influenciam no desempenho escolar são intra escolares. Se eu vou premiar ou dar algum incentivo em relação a cumprir metas que sejam claras, exeqüíveis, que deixem claro para a escola o que ela precisa fazer eu acho que vale a pena uma política neste nível.  

 

Carol:

A mídia sozinha não mobiliza a sociedade para a reflexão em torno do tema. O que fazer para que sejam organizados debates e utilizados os resultados?

 

Professora Lina Kátia:

Um ponto de partida seria justamente na formação inicial. Temos dois movimentos. Um é de pessoas que hoje trabalham na educação que tiveram sua formação inicial seja na década de 70 ou 80 e que esta questão não era uma realidade da educação brasileira. A avaliação externa, a utilização de resultados, a criação de indicadores educacionais, isso veio atrelado às reformas educacionais a partir da década de 90, e principalmente com a institucionalização do SAEB. Temos hoje uma realidade que precisa fazer parte dos cursos de graduação nas universidades. Este é um ponto essencial. Outro ponto essencial é fazer parte dos cursos de pós graduação, dos cursos de mestrado, tanto lato senso quanto stricto senso. Têm que fazer parte de uma ementa, de um currículo, de uma proposta da educação superior, seja ela em nível de graduação ou pós. Este seria o primeiro movimento. 


O segundo movimento é que as próprias redes de ensino propiciem cursos de formação continuada. Observamos que os estados promovem as suas avaliações, verificamos o movimento da mídia divulgando os resultados, mas não vemos a apropriação da escola como um todo, utilizando esses resultados como uma ferramenta diagnóstica, que pode contribuir para um processo de intervenção na escola. E este é o objetivo principal da avaliação censitária. Tem que fazer parte da formação inicial, dos cursos de pós e formação em serviço. E também na medida em que se envolve a comunidade escolar, e trabalha uma proposta diferenciada na escola, começamos a perceber a necessidade do uso desses indicadores . Quando verificamos a importância deles, tomamos consciência de onde eles podem contribuir com a escola para uma gestão educacional eficiente, começamos a fazer um movimento de se reciclar para isso.

 

Carol:

Em que projeto você está envolvida no momento?

 

Professora Lina Kátia:

Estou na Coordenação do CAEd, Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação, que tem três linhas de atuação: avaliação educacional, gestão da formação escolar e formação de gestores. Especificamente na área de avaliação estou coordenando o sistema integrado de avaliação das redes estaduais do CAEd, que desde o ano passado trabalha com cinco estados: Minas Gerais, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Sul.

Escola Eficaz

A partir de hoje estarei atualizando o blog com o conteúdo das entrevistas feitas durante o Seminário Política Educacional para uma Escola Eficaz, organizado pela Escola de Governo do Estado do Rio de Janeiro (FESP-RJ), que nos dias 23 e 24 de março debateu idéias, práticas e tendências que sinalizam a necessidade de mudanças na formação de professores. 

Foram debatidos temas como a reforma educacional em diferentes países do mundo, as origens da pesquisa em eficácia escolar e as tentativas de estabelecer processos de melhoria com base nos resultados, a relevância dos indicadores educacionais  para a Educação Básica e propostas curriculares para uma escola eficaz.

As apresentações dos palestrantes estão disponíveis no site da FESP.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Concurso Climate Change Challenge

A Carbono Brasil anunciou hoje que está na lista das 12 inovações do concurso promovido pelo jornal Financial Times. O concurso Climate Change Challenge classifica a tecnologia "GásLimpo CleanGas", que trata gases do efeito estufa, como uma das melhores idéias para atacar os efeitos de mudanças climáticas.

A tecnologia “GásLimpo CleanGas, desenvolvida pelo Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da CarbonoBrasil em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, está na lista das 12 soluções mais inovadoras para os efeitos de mudanças climáticas do concurso Climate Change Challenge do Financial Times e Forum for the Future. 

A tecnologia foi a única brasileira selecionada pelo júri entre cerca de 300 propostas recebidas de todo o mundo. Entre elas um kit de casas de bambu pré fabricadas (Nicarágua) e um sistema de agendamento de táxis compartilhados através de mensagens de texto (Reino Unido).

GásLimpo CleanGas: imitando a natureza, o "GásLimpo CleanGas" captura o  dióxido de carbono (CO2) da mesma forma que a fotossíntese. A tecnologia é capaz de degradar não apenas os gases do efeito estufa, mas qualquer gás prejudicial à saúde humana e ao meio ambiente

Casas de bambu pré-fabricadas: conjuntos habitacionais feitos de bambu irão satisfazer a crescente procura de habitação a preços acessíveis na América Latina. O projeto visa reduzir o desmatamento e o uso caro e intensivo de materiais como concreto e aço.

Agendamento de táxis compartilhados usando mensagens de texto: este sistema permitirá que as pessoas enviem mensagens de texto com seus destinos de viagens para um computador central que vai mandar viaturas para os clientes partilharem o táxi de um mesmo local. Ele é projetado para reduzir o congestionamento e o uso de combustível e satisfazer a demanda por viagens rápidas e seguras.

segunda-feira, 16 de março de 2009

O Dia Internacional do DJ existe e é celebrado em 9 de março segundo nota publicada na semana passada no site http://www.guiadasemana.com.br. O mesmo site afirmou que “Apesar de colocar o público para dançar pelas baladas de todos os cantos do mundo, a profissão de DJ não é regulamentada por aqui. Além disso, o comandante dos toca-discos não é reconhecido como músico por diversos segmentos da arte dos sons, inclusive pela Ordem dos Músicos do Brasil, que condena o uso de elementos eletrônicos.”

Quanto à regulamentação, o site está mal informado. O senador Romeu Tuma (PTB/SP) aprovou no início do ano projeto de lei para regulamentação da profissão DJ no Brasil (abaixo o link para os interessados acompanharem).

O que mais me chamou a atenção foi o Art. 25 destacado a seguir:

Art. 25...............................................................

Parágrafo único. A realização de eventos com a utilização de

profissionais estrangeiros deverá ter, obrigatoriamente, a participação de, pelo menos, setenta por cento de profissionais brasileiros.”

 Alô, profissionais da categoria, fiquem de olhos abertos!! 

PLS - PROJETO DE LEI DO SENADO, Nº 740 de 2007

domingo, 15 de março de 2009

Divulgação: Amazonia vs Colbert

Ajude a Amazônia!! Um clique e você já pode ajudar.

A agência espacial NASA esta solicitando sugestões para o nome do componente 3 da estação espacial internacional e você pode votar. O nosso objetivo e nomear o componente "Amazonia" em honra da floresta amazônica que esta sendo desmatada todos os dias. Enquanto isso o comediante Americano Stephen Colbert começou uma  campanha para dar ao componente o seu própio nome. Não podemos deixa-lo ganhar. 

Queremos ganhar do Colbert para que ele mencione no seu programa o desmatamento e destruição ambiental que ocorre hoje na Amazonia. E claro, quando o nome "Amazonia" ganhar, a causa ambiental vai vibrar forte no espaço. Faça sua contribuição, vote para o nome "Amazonia" e ajude a causa ambiental.