O que são "Créditos de Carbono" ?
É um bônus, um pagamento em dinheiro, para quem usa tecnologias que ajudam a reduzir o efeito estufa no planeta.
Um amplo consenso científico concorda que os gases do efeito estufa (GEE), como o dióxido de carbono e o metano, contribuem para o aquecimento global através do efeito estufa. Uma questão ainda em aberto é sobre a intensidade e a rapidez destas mudanças climáticas.
Tratado da ONU negociado na cidade japonesa de Kyoto em 1997 e efetivado em 2005, o Protocolo de Kyoto exige a redução de cerca de 5% das emissões de GEE até 2012, com base nos níveis de 1990.
O Protocolo de Kyoto é conseqüência de uma série de eventos iniciados com a Toronto Conference on the Changing Atmosphere, no Canadá (outubro / 1988), seguida pelo IPCC’s First Assessment Report em Sundsvall, na Suécia (agosto / 1990), e que culminou com a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (UNFCCC) na Rio’92, aqui no Rio de Janeiro (junho / 1992).
É um bônus, um pagamento em dinheiro, para quem usa tecnologias que ajudam a reduzir o efeito estufa no planeta.
Um amplo consenso científico concorda que os gases do efeito estufa (GEE), como o dióxido de carbono e o metano, contribuem para o aquecimento global através do efeito estufa. Uma questão ainda em aberto é sobre a intensidade e a rapidez destas mudanças climáticas.
Tratado da ONU negociado na cidade japonesa de Kyoto em 1997 e efetivado em 2005, o Protocolo de Kyoto exige a redução de cerca de 5% das emissões de GEE até 2012, com base nos níveis de 1990.
O Protocolo de Kyoto é conseqüência de uma série de eventos iniciados com a Toronto Conference on the Changing Atmosphere, no Canadá (outubro / 1988), seguida pelo IPCC’s First Assessment Report em Sundsvall, na Suécia (agosto / 1990), e que culminou com a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (UNFCCC) na Rio’92, aqui no Rio de Janeiro (junho / 1992).
Até dezembro de 2007, 172 países ratificaram suas assinaturas. Os Estados Unidos negaram-se a ratificar o Protocolo de Kyoto, de acordo com a alegação do presidente George W. Bush de que os compromissos acarretados pelo mesmo interfeririam negativamente na economia norte-americana.
A redução das emissões deverá acontecer em várias atividades econômicas. O protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de algumas ações básicas:
Reformar os setores de energia e transportes;
Promover o uso de fontes energéticas renováveis;
Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção;
Limitar as emissões de metano no gerenciamento de resíduos e dos sistemas energéticos;
Proteger florestas e outros sumidouros de carbono.
Os Créditos de Carbono, criados pelo Tratado de Kyoto, são certificados de compensação que os países em desenvolvimento (como Brasil, China e a Índia) podem emitir a cada tonelada de gases tóxicos que deixam de lançar na atmosfera. Os países industrializados, por sua vez, que precisam reduzir a emissão de gases poluentes, compram tais créditos como "direito de poluir".
Segundo especialistas, há várias formas de ajudar na redução dessas emissões devastadoras para o clima global. Uma das mais promissoras é ganhar dinheiro para salvar o planeta. O Brasil é o segundo país com o maior número de projetos para a venda de créditos de carbono, atrás apenas da Índia, e o segundo com maior potencial de reduzir as emissões pelos critérios dos países emergentes.
Há duas maneiras de ganhar dinheiro com a venda de créditos de carbono. A primeira segue os critérios do Protocolo de Kyoto. Nesse caso, os projetos são registrados na ONU e podem ter seus créditos vendidos a empresas da União Européia e do Japão, cujos governos já estabeleceram metas de redução da poluição para alguns setores industriais. Cada crédito significa que a companhia retirou da atmosfera uma tonelada de CO2 e repassa ao comprador o direito de emitir o equivalente em gases poluentes.
Os países em desenvolvimento signatários do Protocolo de Kyoto, não são obrigados a conter a liberação dos gases, mas têm o direito de vender os créditos da “sujeira” que deixaram de fazer. Os brasileiros estão bem colocados nesse ramo graças à experiência com projetos de redução de emissões e ao baixo custo de implantá-los por aqui.
Usina Coruripe, Alagoas
Em maio de 2007 a Globo Rural publicou reportagem sobre a Usina Coruripe, instalada na cidade alagoana de mesmo nome. Terra dos canaviais, Coruripe possui quatro usinas que cortam cana por lá.
A Usina Coruripe registrou o primeiro projeto na ONU, em 2004, para gerar os créditos de carbono, que já estão sendo negociados com uma grande empresa da Inglaterra.
O processo que permite a comercialização dos créditos de carbono é um sistema de geração de energia elétrica feito a partir do bagaço de cana, que gera a chamada energia limpa e renovável. A queima do bagaço cria o vapor necessário para movimentar as turbinas, que geram 35 Mewatts de energia por hora.
Com metade disso já dá para suprir todas as necessidades da indústria e do sistema de irrigação dos canaviais. A outra metade é vendida para a empresa de energia elétrica do estado de Alagoas.
No caso da Usina Coruripe, a previsão é que a geradora de energia renda 200 mil toneladas em créditos de carbono até 2012.
Quem credencia uma empresa como vendedora de crédito é a ONU. Não é fácil nem rápido, pois todos os projetos devem passar antes pelo governo brasileiro, que avalia se a empresa colabora para o desenvolvimento sustentável da sua região e se ela cumpre as leis trabalhistas e ambientais.
Assista no Globo Vídeos a reportagem especial feita hoje sobre o tema: http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM809260-7823-CREDITOS+DE+CARBONO,00.html .
E ainda a conversa com o engenheiro florestal Beto Mesquita sobre reflorestamento e crédito de carbono, dia 19 de março:
http://video.globo.com/Videos/Player/Entretenimento/0,,GIM807074-7822-COMO+APAGAR+NOSSAS+PEGADAS+AMBIENTAIS,00.html .
Abril / 2008