domingo, 24 de maio de 2009

Ziraldo

Essa eu não conhecia...


quarta-feira, 20 de maio de 2009

Ensinando o cérebro

Hoje na minha aula de "Teaching the brain" (Ensinando o Cérebro) aprendi um monte de coisas que servem para ajudar o aprendizado:

  • Estar sempre hidratada (o) - BEBAM água o tempo todo. O cérebro é composto de água e o que faz a ligação entre os neurônios é essa amiguinha que mtas vezes não lembramos¡¡¡¡¡¡¡ A água permite que os neurônios se comuniquem uns com os outros e façam a sinapse das idéias com mais rapidez;

  • Dormir bem - nós sabemos disso ;)

  • Tempo para memorizar - ter a prática e o tempo de maturação; eles explicam aqui como o aprendizado e o tempo para dormir e depois de acordar relembrar. Estudos comprovam que como os adolescentes são muito agitados durante à noite não devem estudar muito cedo, pois quando eles acordam precisam de tempo pra se estabilizar, portanto o horário ideal é começar após às 9h. Lembro-me bem de detestar estudar cedo e a minha mãe nunca nos colocou em atividades escolares tão cedinho. Tive cursos de língua estrangeira duas vezes por semana, mas como eu era uma entusiasta não me atrapalhou... Mesmo assim penso que estudarmos à tarde e à noite foi mto bom, pq nunca reclamamos.

  • Café da manhã com proteína!!! - acreditem, os carboidratos fazem mal para o aprendizado. Proteínas e café são muito bons pela manhã. Duas fatias de bacon fazem mais efeito do que um pão com manteiga em termos de aprendizagem. Mas se vcs querem também  melhorar os hábitos alimentares basta mudar os componentes. Ovos mexidos com presunto magro, sabe-se lá. A criatividade é o limite. 

  • Nosso cérebro muda até o dia em que morremos (acho que a maioria de nós aqui sabe disso, é um órgão que atrofia se não for utilizado). O que dói numa operação cerebral é o corte que é feito na caixa toráxica, não o "cutucar do próprio cérebro". Me assustei muito com isso... Significa que quando mexemos no conteúdo do cérebro não dói. Podemos estar anestesiados no crânio e o especialista mexendo na massa cefálica e não sentiríamos nada. Nadinha!!!! É possível fazermos experimentos tocando o cérebro aberto para ver quais zonas são estimuladas com você acordadinho - mesmo pq vc tem que estar "ligado" pra eles verem o que muda com os estímulos. Bom, resumindo, o melhor remédio para o cérebro é a prática. Qualquer uma. Se você gosta de ler, leia. De memorizar através de jogos de cartas, jogue o quanto puder. E por aí vai! 

  • Estudos comprovam que comer frutas durante 4-5 dias antes de um exame é excelente. Ainda não pesquisei o suficiente, mas estou mto interessada neste assunto. Minha professora PHD hoje inclusive disse que se o exame ou a atividade permitir comida durante o período, temos que levar frutas, sucos de fruta (especialmente laranja) e doces! Sim! Aproveite pra comer um pacote de M&M's pq o açúcar te deixa alerta e te faz esperto. Se o exame for grande principalmente. Se vc tiver qualquer chance de ficar cansado, leve uma bala do tipo Toffee, bem doce, qualquer coisa com bastante açúcar. Vai te dar energia pra continuar e melhorar sua performance.

É isso...

Um post mais informal ;)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Entrevista Nigel Brooke - Parte I

Entrevista com Nigel Brooke sobre Escola Eficaz. Nigel é professor convidado da Universidade Federal de Minas Gerais e consultor do Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais da Faculdade de Educação. PhD em Estudos de Desenvolvimento da Universidade de Sussex, Inglaterra.

Carol: em 2005 o senhor participou de um seminário organizado pelo Instituto Unibanco sobre Diagnóstico e Alternativas de Políticas Públicas. O senhor termina a apresentação com a pergunta “A responsabilização tem futuro como política educacional no Brasil?”  Qual seria a resposta hoje? O que mudou no Brasil até o presente?

Nigel Brooke: a responsabilização tem duas vertentes. Tem uma que é política e outra que é mais técnica. Aos poucos estamos resolvendo esses problemas técnicos. As primeiras políticas de responsabilização aqui no Rio de Janeiro, Ceará e outros lugares funcionavam na base da comparação entre o nível de desempenho dos alunos na escola em um ano e no ano seguinte para ver se a escola tinha conseguido melhorar.

Esta é uma metodologia bastante primária, é preciso muito mais do que isso. No mundo ideal você tiraria desta equação o nível sócio econômico dos alunos. Ou seja, você controlaria o nível sócio econômico da aprendizagem anterior dos alunos. O que o estado de São Paulo está fazendo agora, de estabelecer metas para a escola e só oferecer premiação ou bonus para as escolas que cumprem as metas já é um passo adiante em comparação com a metodologia anterior.

A parte política continua tão enrolada, tão difícil e os sindicatos não estão aceitando a idéia de que os professores de alguma forma devam ser responsabilizados pelos seus resultados. Isso ainda é um conceito muito complicado.

Carol: que países adotam a responsabilização como política de melhoria de resultados escolares que poderiam ser usados como exemplo de sucesso?

Nigel Brooke: sem a menor dúvida o país que mais avançou nessa área são os Estados Unidos, mas aqui na América Latina o Chile é que se destaca mais. Honestamente eu não sei quais são os países mundo afora que tem poltítica de responsabilização, mas o que se vê é que ao mesmo tempo que você estabelece política de responsabilização para os professores é preciso também construir políticas para todos os outros órgãos, agências e responsáveis pelo sistema educacional.

Os responsáveis pela pelas condições, pela criação de políticas de formação do professor. Todos os níveis governamentais que de alguma maneira devem contribuir para fornecer o serviço educacional. Não é só professor que é responsável. O professor tem toda razão de reclamar, porque até agora – pelo menos no Brasil – quem fica com esse encargo é somente o professor. 

Entrevista Nigel Brooke - Parte II

Carol: o que é uma escola eficaz? Quais fatores efetivamente influenciam uma escola nesse sentido?

Nigel Brooke: para responder essa pergunta eu preciso escrever um livro (risos). Um outro livro (mais risos). Para dar uma resposta curta a escola eficaz é aquela que faz mais do que você esperaria dela levando em consideração os alunos que ela tem. Isso pode parecer cruel, mas a verdade é que há uma correlação fortíssima entre o nível sócio econômico dos alunos e a probabilidade de sucesso escolar.

Se a escola consegue sucesso com alunos cujos antecedentes ou condições não te levam a acreditar nesse sucesso ela está sendo eficaz. Não significa que é a melhor escola ou que tem os melhores resultados, mas levando em consideração os alunos que têm se consegue ir além do que estatisticamente você esperaria desses alunos, a escola está sendo eficaz.

Agora, como transformar uma escola que não é eficaz em escola eficaz é muito complicado. Muito mais complicado do que fazer pesquisa, porque mexe com a maneira da escola se enxergar, com a questão da autonomia da escola para de fato alterar o seu rumo, depende das pessoas daquela escola, dos incentivos, depende de muitos fatores.

Na verdade mesmo não tendo tanta tradição de pesquisa nesta área no Brasil, o que tem de informação acumulada que provavelmente tem aplicação aqui é muito. Não é por não saber como fazer uma boa escola. Não é por não saber como formar um bom professor. Não é por falta de informação que as nossas escolas não se modificam.

Não existem procedimentos instalados para que a escola possa rever a sua parte e alterar seus procedimentos.

Carol: a escola está engessada?

Nigel Brooke: muito, muito. Vivemos numa cultura burocrática, e a maneira em que as escolas são organizadas nas esferas públicas só enfatizam isso. Só consolidam uma miséria, essa incapacidade de mexer.

Carol: então podemos afirmar que o problema é muito mais politico do que de diagnóstico?

Nigel Brooke: eu diria. É um modelo de escola pública. Quem contrata o professor, como ele é alocado para as escolas, qual sua função uma vez alocado em determinada escola… Tudo isso vem contribuir para esse engessamento.

Outro extremo completo é a escola ou sistema onde é o próprio diretor ou conselho diretor da escola que decide que tipo de professor eles precisame que sai ao Mercado para procurar e contratar essas pessoas com um orçamento que é próprio da escola e o diretor vai criando dentro da escola a sua equipe e a própria dinâmica que ele quer. Temos absolutamente opostos. Esse sistema que estou descrevendo talvez não exista em lugar nenhum, mas é um outro extremo.

Na medida em que você quer criar uma escola capaz de identificar seus problemas e alterar sua prática você tem que andar na direção daquele outro extremo, senão a mudança vai ser muito lenta.

Carol: Fale um pouco sobre o GERES (estudo longitudinal sobre qualidade e equidade no ensino fundamental brasileiro).

Nigel Brooke: são 6 universidades públicas colaborando, é preciso muita organizacão para fazer a coisa decolar. Nem o CNPQ consegue isso. Voluntariamente cada uma dessas instituições se juntou neste projeto comum. Há financiamento para essa pesquisa, mas o financiamento é para os custos reais, para os aplicadores, custos de campo. Para os pesquisadores não há nenhuma gratificação, nenhum ganho em termos financeiros,  só ganhos acadêmicos. Conseguimos manter coeso este grupo de 6 universidades durante já 5 anos , sem ninguém ganhar nada. Eu acho que para isso já merece um prêmio (risos), pois é um exemplo de como se mantém ativo o grupo de pesquisa em torno de um projeto, de um objetivo comum com sucesso. Tem dado certo, conseguimos levantas as últimas informações, agora é uma questão de processamento.  Que não é fácil, mas daqui a pouco nós estamos com os dados da pesquisa completos e aí começa a festa dos pesquisadores que é de fazer as análises. De fato extrair as informações que estão aí. Essa fase daqui pra frente é muito prazeirosa, extrair as lições que os dados nos trazem.

Entrevista Nigel Brooke - Parte III (final)

Carol: em qual outro projeto educacional o senhor está participando no momento?

Nigel Brooke: estou com dois projetos da Secretaria de Educação de Minas Gerais. Um é um projeto de pesquisa e o outro que é um projeto de certificação.

O de pesquisa é interessante, é um projeto para descrever o perfil dos professores estaduais dos anos iniciais de todo o estado de Minas Gerais. O interesse especial nesta pesquisa é que é um “repeteco” de uma pesquisa de mesmo tipo realizada 12 anos atrás. Então vamos poder ver não só quem são os professores, mas no que esses professores são diferentes daqueles de 10, 12 anos atrás. De certa forma estaremos estabelecendo já uma série histórica para ver como o magistério vem mudando ao longo do tempo.

O outro é para estabelecer um sistema de certificação de professores. Minas Gerais têm discutido muito essa questão ao longo dos últimos anos e agora estamos colocando em prática essa idéia de estipular claramente o que é que se quer de um professor. Quais são os conhecimentos e as habilidades que, neste caso o professor dos anos iniciais, precisa ter?

E depois criar os instrumentos para avaliar se o professor tem ou não tem o que é preciso. A certificação deste tipo tem duas vantagens. Primeiro sinaliza para todo mundo o que é que deveria fazer parte da formação desses professores. Qual deveria ser o currículo dos cursos de formação.

E por outro lado, ao atestar que determinados professores de fato detém esse conhecimento, esse domínio que a Secretaria exige, mostra para a sociedade que existem professores excelentes. Tem professores que de fato merecem alguma distinção e que o sistema está criando esses professores que estão acima da media, e que têm essas competências todas. É um passo positivo, inclusive para poder conceder uma gratificação para esses professores, o que eu acho justo.

O valor simbólico desta certificação também é muito importante para o sistema no conjunto por elevar  a auto estima. 

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Curta Criativo 2009


O Sistema FIRJAN está recebendo até dia 04 de junho inscrições para o concurso CURTA CRIATIVO, um incentivo à produção cinematográfica que vai revelar novos talentos fluminenses para o mercado audiovisual. O CURTA CRIATIVO premiará os vencedores de forma que eles possam continuar produzindo suas ideias e exibir suas criações para divulgar a força da criatividade do Rio de Janeiro.

Poderão se candidatar ao concurso:

  • os alunos regularmente matriculados em cursos livres e técnicos de cinema do Estado do Rio de Janeiro.
  • os alunos regularmente matriculados, em qualquer período, em instituições de ensino superior nos cursos de Cinema, Comunicação e Design  do Estado do Rio de Janeiro.
Saiba mais lendo o regulamento.